Transcendência
Mergulho o olhar no fundo do espelho
e me guardo dentro dele,
que eu mesma não me possa divisar.
Cristalizo a minha imagem
deixo pesar essa âncora...
que eu me ausente, mas não deixe o lugar.
Abro minhas imensas asas,
espano o pó dos pés
e saio de mim,
diluindo-me no tempo e no espaço.
Leve - mais que a pluma,
livre - mais que o ar,
experimento o meu vôo e gosto!
Ensaio um bailado novo sobre minha sombra fria
e rio-me de sua impotência ante a mudez dos meus passos.
Fortaleço-me no que quero!
Liberta que estou
das tramas da carne e dos ossos,
tudo alcanço. Tudo posso!
Visualizo teus pensamentos e vou buscar-te.
Emaranho-me nas espirais dos teus devaneios
e te arrasto além dos limites da tua imaginação,
onde o silêncio absoluto é a expressão mais forte da palavra
e o sentimento mais oculto se extravasa em comoção!
É quando tu te despes dos teus zelos e pecados
e te entregas a mim, com toda a nudez do teu eu eterno.
É quando te descobres SANTO
e eu te reconheço HOMEM!
e me apresso em aparar-te o pranto.
Porque preciso do sal das tuas lágrimas
com que temperar o meu depois...
Depois. Quando emergir do espelho...
e me guardo dentro dele,
que eu mesma não me possa divisar.
Cristalizo a minha imagem
deixo pesar essa âncora...
que eu me ausente, mas não deixe o lugar.
Abro minhas imensas asas,
espano o pó dos pés
e saio de mim,
diluindo-me no tempo e no espaço.
Leve - mais que a pluma,
livre - mais que o ar,
experimento o meu vôo e gosto!
Ensaio um bailado novo sobre minha sombra fria
e rio-me de sua impotência ante a mudez dos meus passos.
Fortaleço-me no que quero!
Liberta que estou
das tramas da carne e dos ossos,
tudo alcanço. Tudo posso!
Visualizo teus pensamentos e vou buscar-te.
Emaranho-me nas espirais dos teus devaneios
e te arrasto além dos limites da tua imaginação,
onde o silêncio absoluto é a expressão mais forte da palavra
e o sentimento mais oculto se extravasa em comoção!
É quando tu te despes dos teus zelos e pecados
e te entregas a mim, com toda a nudez do teu eu eterno.
É quando te descobres SANTO
e eu te reconheço HOMEM!
e me apresso em aparar-te o pranto.
Porque preciso do sal das tuas lágrimas
com que temperar o meu depois...
Depois. Quando emergir do espelho...
Isabel Pakes
Criação do meu amigo, médico e artista plástico,
Aristeu Antonio Costa. Imagem de capa
de "Transcendência", livro de minha autoria.
Aristeu Antonio Costa. Imagem de capa
de "Transcendência", livro de minha autoria.