Ascensão
Do horizonte remoto
o ser - cravado - aguarda
o supremo sopro cósmico.
Restam poucas pedras.
Já os fiéis se aproximam...
Luminárias às mãos se identificam
e se multiplicam
ao largo do grande templo
que a seu tempo se conclui.
E à dispersão da noite
se possibilitam ascender os degraus
que dão acesso ao imenso portal.
A escadaria é íngreme. Sabem, sobem.
O patamar é estreito. Creem,
avançam. E na escalada,
um a um, se agitam.
Isabel Pakes
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