Uma xícara de lembranças
Eram seis,
das outras não sei,
só uma restou na casa de minha mãe.
- Posso levar para mim?
- É só uma xícara... Leve.
Impregnada de boas lembranças
dos natais da minha infância,
muito mais que um objeto de vidro
é um tesouro único que guardo
com carinho e com cuidado,
para nunca faltar à menina,
que ainda mora em mim,
aquele gosto "encantado"
de tubaína borbulhante
servida na velha xícara
onde, "de volta" ao passado,
a menina que mora em mim
revive as boas lembranças,
diluindo a minha saudade
nos natais da "nossa" infância.
~ Isabel Pakes